O que entendemos por cura, hoje ?

Faz sentido perguntar, porque se os humanos e toda a sua envolvência têm mudado tanto então a perspectiva que temos da cura também mudou.

Que mudanças observamos em nós ?

Temos já uma perspectiva do que queremos mudar ?

Pelo menos a grande maioria de nós sente que algo está errado com a vida que levamos. Questionamos as crenças que nos têm acompanhado desde pequenos e não nos revemos nos actuais valores da sociedade.

Nós portugueses estamos a perder o medo enfrentar a hipocrisia, a corrupção e a falta de integridade em tudo e todos os que nos rodeiam. Mas agora o assunto é mais sério, já verificamos as falhas do sistema que nos rodeia e vemo-nos num beco sem saída porque só falta “olhar para a minha pessoa” , só resto Eu. E agora ! Sempre fugi de mim !

Como é que posso mudar algo se eu continuo a não ser integro comigo ? Se a maioria das vezes sou um sabotador e castrador da minha pessoa ?

Estamos a libertarmo-nos do velho padrão da crítica nos corredores e cafés, de falar nas costas dos outros, do constante apontar o dedo procurando sempre culpados para justificar tudo o que está errado na nossa vida.

E tudo isto porquê ? O que está por traz desta mudança ?

Todos nós podemos responder a esta pergunta, questionando-nos enquanto agentes da má língua, da critica e da vitimização.

Sentimo-nos bem ? quando estamos a desempenhar esse papel ?

E depois ? contribuímos com algo de positivo para nós e para os outros ?

Muito provavelmente o leitor vai verificar que não é diferente daqueles que tem criticado.

Vai verificar um sentimento de impotência face a tudo o que tem criticado. E porquê ?

A grande mudança está na questão : Como me sinto agora ?

Quando me questiono face ao sentir, estou a “olhar para dentro”, a reconhecer a minha existência e a admitir que “neste momento” nada é mais importante que eu próprio.

É a partir daqui que tudo muda.

Todas as crenças antigas, muitas delas vindas da religião, sociedade, família estão assim a ser postas em causa.

Ao sentirmos a nossa “individualidade” e reconhecermos que somos os agentes da mudança, podemos avançar para a Cura das nossas vidas e das nossas pessoas.

Todas as grandes mudanças da actualidade têm partido sempre de uma mudança dentro de cada um de nós, afinal somos nós a mente criadora de toda a realidade que nos cerca.

Então o que há de novo nisto tudo ?

O sentir.

Sentir a vida em cada um de nós e muitas vezes permitindo-nos parar e questionar o momento,

Como me sinto agora ? Seja no trabalho, a beber um café, numa discussão em qualquer momento, porque a seguir a esta pergunta poderemos conscientemente exercer o nosso maior poder (tal qual um super herói). O poder de escolha.

Sim, nós podemos escolher e mudar, nesse momento, quando o nosso sentir não é bom.

Meus amigos quem não conseguir a dado momento saber se se sente bem ou mal, por favor venha falar urgentemente comigo. Temos muito trabalho. Basicamente “ressuscitar um morto”.

Voltemos á Cura e de como a humanidade deprimida se pode reerguer.

Olhando para tudo o que foi dito atrás, parece que chegamos todos á beira do precipício!

De facto chegamos mesmo.

Não nos resta mais nada para apontar o dedo, senão a nós próprios, até entender-mos que chega de abdicarmos do nosso poder de escolha, de nós próprios e do nosso sentir, o poço em que nos encontramos será cada vez mais fundo. A cura não acontece.

Caro leitor o que tem estado errado desde sempre tem sido a constante entrega do nosso poder a qualquer um, a qualquer custo.

Afirmações como as seguintes demonstram isto :

- “Por favor Sr. Dr. Cure-me”

- “Por favor Sr. Politico resolva a minha vida”

- “Por favor Sr. Padre perdoe-me porque pequei”

- “Por favor Jesus, salva-me”

Estamos a por nas mãos de outros a nossa responsabilidade de sermos felizes, e quando estamos felizes estamos bem, logo curados.

Quem é que nos conhece melhor ?  Não é a nossa mãe ou o nosso melhor amigo.

Somos nós próprios !!

A nova cura é permitirmo-nos conhecermo-nos e assim amarmo-nos.

Reconhecer a divindade em cada um de nós e o poder da criação.

Sentir-me como estou agora é o ponto de partida para as infinitas possibilidades do génio humano, podemos começar a ver em nós a expressão particular que reflecte a maior consciência e presença nesta grande aventura de descoberta constante da vida.

Se me sinto bem a dado momento é porque estou a fazer algo que gosto logo estou a realizar o meu propósito na Terra e na minha vida.

Estou a curar-me.

Jorge Maia

http://about.me/Jorge.Maia